Pedro Macedo   19/11/2015 às 10:00 | Santos - SP

Comecei minha carreira como locutor esportivo na Rádio Cultura de São Vicente em 1958. Era nosso chefe o proprietário da rádio Paulo Jorge Mansur pai de nosso colega e hoje Deputado Federal Beto Mansur. Na Cultura  fiquei estagiando cerca de 1 ano  para somente depois começar a falar ao microfone. Minha primeira transmissão verdadeiramente foi nesse mesmo ano no Maracanã no jogo Santos e América do Rio. Como ainda não tinha 15 anos de idade fui obrigado a pedir autorização judicial para viajar ao Rio de Janeiro. Aliás esse jogo é o mesmo usado no filme Pelé Eterno. Nessa época trabalhei ao lado de grandes nomes da cronica esportiva como Jayme Peres, que se tornou vice  prefeito de Santos e depois deputado federal, Dr. Rubens Paes,  Antônio Baraçal, Carlos Marapuama de Almeida, Augusto Guilherme. Mario Baraçal,  Antônio Rangel e tantos outros. Depois da Cultura trabalhei em quase todas as emissoras de Santos . Fui para a Radio Guarujá, depois Radio Universal. Radio  Cacique. e Radio Atlântica, já de propriedade do jornal A TRIBUNA. Alem de transmissões esportivas fiz também muitos programas de musicas nos estúdios das rádios onde pude conhecer pessoalmente grandes cantores de nossa musica e também de outras plagas. Narrei vários jogos de futebol do Santos em sua maioria, mas também da Port. Santista e do Jabaquara. Quantas historias verdadeiras presenciei mas como se sabe em 20 linhas não tenho  condição alguma de contá-las. Quem sabe um livro um dia, quem sabe...Das participações internacionais que pude viver uma das mais emocionantes foi a narração que fiz de um jogo beneficente do Santos F.C. contra um combinado Francês no estádio Parque dos Príncipes em Paris no dia 31 de março de 1971. Foi pela Radio Cacique de Santos. Foi com muita emoção que participei a convite do governo francês num jogo como disse beneficente em prol da campanha contra o Câncer daquele país. Conheci pessoalmente a grande artista da época Brigite Bardot. Foi ela quem deu o ponta pé inicial da partida. Outro grande destaque em minha carreira foi ter participado ao lado do mais famoso locutor esportivo da cidade em todos os tempos: Ernani Franco, na rádio Atlântica, na Radio Cacique e finalmente na Radio Universal. Quando pensava em pendurar as chuteiras, o entusiasta e renomado repórter Paulo Alberto, então na Radio Cacique me fez mudar de ideia. E lá se vão quase 20 anos que estamos juntos. E nesse período quantas jornadas memoráveis, entre elas a decisão do certame brasileiro de futebol em 2002 no Morumbi quando o Santos sagrou-se campeão ao derrotar o seu tradicional rival o Corinthians. Depois do radio levado pelo grande amigo Paulo Alberto fui fazer televisão sempre nos programas esportivos. E até hoje graças a ele e a paciência dos telespectadores estou no Radar Esportivo. Estou com 72 anos de idade, casado com  a mesma mulher Marília há 47 anos e com um filho Rogério 41, engenheiro de segurança do trabalho, arquiteto e professor universitário. Sinto-me feliz e realizado. Era o que eu poderia dizer...